A DANÇA CIRCULAR SAGRADA, também conhecida como “dança dos povos”, é considerada uma meditação em movimento.

Ela vem se espalhando nos parques, escolas, universidades, hospitais, empresas e outros segmentos.

Experimentar as músicas, os ritmos e os passos de diferentes povos e culturas, apoiando e sendo apoiado pela roda, faz com que os dançantes entrem quase que imediatamente em um campo inspirador de aprendizagem, conectando as pessoas de forma harmoniosa.

O principal enfoque da Dança Circular Sagrada, não é a técnica, e sim, o sentimento de união de grupo.

Em roda, de mãos dadas, olhos nos olhos, o resgate das danças folclóricas traz a ancestralidade à flor da pele e conecta cores e raças, tempos e espaços, acessando outros níveis de consciência e percepção.

A Dança Circular é para todos?

Sim. ela é inclusiva. É para pessoas de todas as idades, que queiram trabalhar sua concentração, coordenação motora e sua memória, tomando consciência de seu corpo e de seus sentimentos.

DanÇa Circular Sagrada

" Que meu corpo possa dançar dentro e fora do compasso musical;

Que meus movimentos sejam precisos e outras vezes nem tanto;

Que o divino seja encontrado em cada centro da roda,

E principalmente, no centro de cada um, que nela estiver."

(Rosana Curto)

Por experiência própria, digo que conhecer e participar de uma roda de Dança Circular Sagrada, é uma experiência que vai expandir e aquecer o seu coração.

(Rosana Curto)

Bernhard Wosien nasceu em 19 de setembro de 1908 na Alemanha, foi bailarino, coreógrafo e educador de dança.

Ele é amplamente reconhecido por seu papel essencial na recuperação e disseminação da Dança Circular como uma prática pedagógica, cultural e espiritual.

É considerado o pai da Dança Circular Sagrada, devido ao trabalho pioneiro no resgate de danças tradicionais de várias culturas e sua aplicação no contexto do desenvolvimento humano e da união comunitária.

Nos despedimos fisicamente dele, em 29 de abril de 1986.

Vida e Trajetória

Formação Artística: Bernhard Wosien era um dançarino clássico profissional, coreógrafo e mestre de balé. Ele trabalhou com grandes companhias de dança na Alemanha e teve uma sólida formação na expressão artística corporal.

Interesse na Tradição Popular: Durante sua carreira, Wosien se aprofundou no estudo das danças populares e tradicionais da Europa Oriental, Mediterrânea e outras culturas. Sentiu que essas danças traziam um aspecto profundo de conexão com a alma coletiva e os ciclos ancestrais sagrados da humanidade.

O Encontro com Findhorn: Em 1976, Bernhard Wosien foi convidado para o Findhorn Foundation, uma comunidade espiritual na Escócia reconhecida por seus ensinamentos holísticos. Lá, ele compartilhou as danças tradicionais que havia catalogado ao longo dos anos. Esse momento foi decisivo: Findhorn se tornou um dos grandes centros de difusão da Dança Circular Sagrada, e sua influência se espalhou globalmente.

Contribuições de Wosien

Ressignificação de Danças Tradicionais: 

Wosien via nas danças folclóricas não apenas expressões culturais, mas também veículos de espiritualidade e conexão entre as pessoas e com a natureza. Ele trouxe esses significados à tona e os tornou acessíveis à modernidade.

Educação Holística:

Ele acreditava que a dança em círculo tinha o poder de integrar corpo, mente e espírito, promovendo cura e transformação para os indivíduos e grupos.

Círculo como Símbolo:

O círculo, para Wosien, era um espaço sagrado que representava a igualdade, integração e união com o todo. Não havia espectadores ou líderes; todos eram co-criadores da experiência.

Legado Musical e Coreográfico:

Ele recolheu e adaptou danças de muitos países, como Grécia, Alemanha, Israel, Romênia e Escandinávia, criando um repertório variado que é usado até hoje em práticas de Dança Circular pelo mundo.

Bernhard Wosien é lembrado não apenas como um artista e educador, mas como um visionário que utilizou a força universal da dança para promover uma visão de mundo baseada na união, reconexão com a ancestralidade e celebração da vida.

Quem foi Bernhard Wosien?